Santa Catarina reduz em 40,5% a taxa de homicídios por 100 mil habitantes
Santa Catarina novamente é destaque nacional entre os estados brasileiros na segurança pública. Desta vez, o Atlas da Violência 2024, que traz números relativos a 2022, coloca SC com as menores taxas de homicídios do país, além da redução da quantidade desses crimes e com cidades ranqueadas entre as de menores índices. O Atlas foi divulgado na terça-feira, 18, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).
Um dos pontos ressaltados mostra que, entre os anos de 2017 a 2022, Santa Catarina teve redução significativa de 40,5% na taxa de homicídios por 100 mil habitantes. Em 2017, a taxa catarinense foi de 15,3 homicídios, enquanto em 2022 a taxa de SC foi de 9,1 homicídios.
O Brasil registrou 46.409 homicídios em 2022, uma taxa de 21,7 por 100 mil habitantes. Em 2022, a Bahia teve a maior taxa de homicídios por 100 mil habitantes (45,1), seguida de Amazonas (42,5) e Amapá (40,5). As três menores taxas no ano vieram de São Paulo (6,8), Santa Catarina (9,1) e Distrito Federal (11,4), conforme o Atlas da Violência 2024.
O estudo reforça o panorama de Santa Catarina no contexto nacional no que tange aos números registrados pelo estado. Para o Governo de SC e a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP), os dados demonstram sobretudo a excelência dos trabalhos integrados prestados na área pelas forças de Segurança Pública: a Polícia Militar, a Polícia Civil, o Corpo de Bombeiros Militar e a Polícia Científica de Santa Catarina.
O secretário adjunto, que responde pela Secretaria da Segurança Pública, Flávio Graff, exalta o trabalho das forças de Segurança e as diretrizes do governo catarinense na área.
“Precisamos trabalhar bem para que as pessoas se sintam seguras no estado. Essa frase é sempre nos dita pelo governador Jorginho Mello. E Santa Catarina é isso: um estado privilegiado e seguro para viver justamente porque conta com uma integração bastante acentuada das forças de segurança pública. Estamos agindo, investindo nos agentes de segurança e em tecnologia de ponta, e o governo fazendo uma série de entregas em todas as áreas como saúde e educação”, salienta o secretário.
Na publicação, o Atlas da Violência 2024 analisa também o que chama de homicídios ocultos, ou seja, os óbitos classificados no SIM/MS (Sistema de Informações sobre Mortalidade) como mortes violentas com causa indeterminada (MVCIs), mas que considera que seriam homicídios. Nesta condição, segundo o estudo, muda significativamente os indicadores de algumas Unidades da Federação em 2022. Santa Catarina, contudo, fica com a menor taxa de homicídios do Brasil, de 9,7, seguido pelo Distrito Federal, com 11,7, e de São Paulo, com taxa de 12 homicídios estimados por 100 mil habitantes.
Queda na morte de jovens
Santa Catarina também se destacou em relação à redução de homicídios de jovens (15 a 29 anos) por 100 mil habitantes. Entre os anos de 2017 a 2022, o estado registrou queda de 56,3% na taxa de homicídios de jovens (15 a 29 anos) por 100 mil habitantes.
Segundo o Atlas, as menores taxas de letalidade de jovens em 2022 foram de São Paulo (10,8), Santa Catarina (13,3) e Distrito Federal (19,3). Já os maiores indicadores pertenceram à Bahia (117,7), Amapá (90,2) e Amazonas (86,9).
Florianópolis desponta entre capitais
Florianópolis é apontada entre as capitais brasileiras como a mais segura em 2022, conforme o Atlas, com taxa de 8,9 homicídios estimados por 100 mil habitantes. Depois, aparecem Brasília (DF) com taxa de 13,0 e Cuiabá (MT) com taxa de 15,2 homicídios por 100 mil habitantes.
Outro destaque apontado pelo Atlas: entre os 319 municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes, Jaraguá do Sul, no Norte, tem a menor taxa de homicídios estimados, de 2,2 homicídios por 100 mil habitantes no ano de 2022. Neste mesmo ranking, também aparecem entre as cinco cidades com os menores índices de homicídios estimados em 2022 os municípios de Tubarão (taxa de 3,6) e Brusque (taxa de 4,2).
(Foto: Ricardo Wolffenbüttel / SECOM)