Em um cenário que simula as situações de resgate, dez binômios — formados por bombeiros militares e cães de busca — se reuniram em Florianópolis para um treinamento conjunto que reforça a excelência do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC). Durante dois dias intensos, os treinamentos ocorreram em cenários distintos que envolveram operações com drones, aeronaves e embarcações.

Organizado pela Coordenadoria de Busca, Resgate e Salvamento com Cães, o treinamento foi dividido em dois momentos: a ambientação com aeronaves e a ambientação com embarcações. A primeira etapa do treinamento ocorreu na região da Armação do Pântano do Sul, com instruções ministradas por integrantes da Câmara Técnica de Aeronaves Remotamente Pilotadas (RPA). A atividade teve como objetivo nivelar os conhecimentos dos cinotécnicos quanto ao uso de drones em operações com cães, apresentando tanto aspectos teóricos quanto práticos. Durante a instrução, os participantes tiveram contato com aeronaves de alta tecnologia utilizadas pelo CBMSC, incluindo drones com câmeras termais. Um simulado de busca noturna em área de mata foi realizado, evidenciando a efetividade do uso desses equipamentos no apoio às operações e na segurança dos cães durante missões.

Segundo o major Alan Delei Cielusinsky, presidente da Coordenadoria de Busca, Resgate e Salvamento com Cães, o treinamento é essencial para garantir a sincronia e a eficiência das equipes: “O cão de busca, hoje, na doutrina do CBMSC e também já a nível nacional, é uma ferramenta fundamental, que faz muita diferença na busca de pessoas perdidas ou desaparecidas, seja em ambientes rurais, desastres, deslizamentos ou escombros. Ele potencializa a ação humana nesses cenários.”

Nesta quinta-feira, no Batalhão de Operações Aéreas (BOA) , o treinamento teve como foco a atuação conjunta entre a equipe aérea e de cães em situações de catástrofes e desastres. As atividades começaram com exercícios em solo, seguidos por procedimentos de ambientação dos cães ao helicóptero, incluindo a exposição aos ruídos, ventos e demais condições operacionais. Na sequência, foi realizado um simulado de embarque e desembarque em ambiente controlado, reproduzindo um cenário com espaço restrito. O objetivo principal da ação foi promover a padronização das operações conjuntas, garantindo a segurança dos militares e dos cães envolvidos. O treinamento também visa orientar a aquisição de materiais específicos para esse tipo de atividade, contribuindo para o constante aprimoramento técnico e profissional das equipes.

Durante a tarde, o treinamento foi concentrado no Grupo de Busca e Salvamento (GBS), com a ambientação dos cães a operações embarcadas. A familiarização com embarcações visa ampliar a eficiência das equipes em missões de busca e salvamento que envolvam o deslocamento sobre a água. 

Este foi o primeiro de três treinamentos conjuntos previstos para o ano de 2025. “Nesse primeiro treinamento, trabalhamos a atualização no uso de drones, além da ambientação dos cães com aeronaves do Batalhão Aéreo, tanto aviões quanto helicópteros, parados e em movimento. Finalizamos com a ambientação nas embarcações e, posteriormente, a busca rural de pessoas vivas e de restos mortais.”

O oficial ressaltou a importância do treinamento conjunto: “É fundamental que os binômios tenham sincronia, tanto entre homem e cão quanto com toda a equipe. Muitas vezes eles atuam em parceria nas ocorrências, principalmente em grandes desastres. Essa dinâmica de deslocamento, reunião e participação em treinamentos que simulam situações reais é imprescindível para a excelência no atendimento.”

(Fonte: Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina)